São Paulo, SP

Vejo uma estrela. Se eu pusesse o óculos talvez visse mais; não enxergar estrelas o suficiente no céu é um erro meteorológico ou de psique?

céu nublado com aproximadamente mais de 30 estrelas visíveis a olho nu sem muitos esforços visuais

Trabalhadores e trabalhadoras dos posto de gasolina, farmacia e posto de saufe, os bêbados noturnos

me desloco na cidade, apenas algumas pessoas se deslocam em mim
hum... apesar de me deslocar com a cidade em relação ao universo

Em algum parque, com uma boa vista. Talvez o Parque da Cantareira

a cidade tem ido de mal a pior, então apesar da baixa temperatura gostaria de estar no litoral não urbanizado

Caos, imaginação politica, rios, memória, luta, periferia, lgbtqia

velocidade, solidão, efervescência, conexão, dureza, capital, produção
caos.

Labirinto, descoberta, passagens, paisagens, corredores, escadarias, cafeterias

Apropriação; direitos; alegria; segurança; diversidade; liberdade de expressão; (in)consciência; poesia;

São Paulo, I love you
But you're bringing me down

Like a rat in a cage
Pulling minimum wage

São Paulo, I love you
But you're bringing me down

São Paulo, you're safer
And you're wasting my time

São Paulo, you're perfect
Don't please don't change a thing

São Paulo, I love you
But you're freaking me out

Like a death of the heart
Jesus, where do I start?

But you're still the one pool
Where I'd happily drown

And, oh
Maybe mother told you true
And they're always be something there for you
And you'll never be alone

But maybe she's wrong
And maybe I'm right
And just maybe she's wrong

Maybe she's wrong
And maybe I'm right
And if so, is there?

Movimento, multidões, caos, barulho, alergias, poluição, abundância, cultura, diversidade, povo, cinza

Moldou meus desejos de permanecer nela por um bom tempo, enquanto eu ainda acreditava que o excesso de produtividade era essencial e agora molda meu desejo de sair dela, percebendo que a frieza dela não me cabe mais. Em contrapartida, me acostumou à diversidade, a valorizar o outro pelas diferenças e a vislumbrar possibilidades.

Aprendi a ser mais eu na medida em que conhecia SP. Saber que tem tanta gente morando aqui me fez perceber que nao precisava seguir padrão nenhum, poderia ser eu e fazer o que eu quiser graças a impessoalidade de SP.

Acordando cedo, sendo responsável e objetiva, respeitando as diferenças e as igualdades, assim, como é minha cidade, sou eu!

São Paulo me construiu cosmopolita. Mil mundos habitam em mim. A vontade de comer bem habita em mim. A noite paulistana me fez boêmio.

Em meio a 11 milhões de eus solitários a busca do encontro de si há de acontecer até o último dia da existência da minha experiência humana

Nasci na Zona Norte de São Paulo.
Fui adotado aos 18 meses de vida e cresci
na Vila Dalila, Vila Matilde, Zona Leste de São Paulo.
Estudei em Escola Pública e depois, na faculdade, fiz Ensino Superior, no caso, Senac.

Essa premissa é pra dizer que São Paulo, minha cidade, me ofereceu e oferece a possibilidade de referências como bons restaurantes, bons lugares para ouvir música e dançar, para ler um livro e para trabalhar também. Uma vez que sou Designer.

São Paulo oferece também o cansaço, o racismo, as linhas lotadas do metrô e de ônibus.
Para mim formou caráter e resiliência. Me ensinou — e ensina continuamente — a ficar ligeiro com tudo. É uma cidade violenta, muito mais quando se trata da Comunidade Preta.

Necro Política & Necro Polícia.

Atalhos, horários para se chegar em casa e outros detalhes de sobrevivência moldaram um jeito inteligente de rápidas correções de rota para sobreviver.

Atualmente moro no Brooklin.
Existe racismo na vizinhança, nos olhares nas ruas ao caminhar.
No entanto, o problema não é comigo.

Aliás, pergunta que sempre faço 'qual o problema que tenho?''
Nenhum, então São Paulo me moldou para que eu seja cada vez mais solidário, empático com escuta ativa e escuta profunda. Essa explosão de sabores, de amores, essa monta russa de concreto me ensinou — e ensina continuamente — a colaborar e não a competir. A ter postura de prontidão, de inclusão e não de exclusão.

Mais um detalhe.
Formar caráter em uma sociedade utilitarista quanto a paulistana é saber separar ambição de ganância.

Eu cresci em São Paulo, mas não essa do imaginário de concreto; eu cresci perto da Serra da Cantareira, e tinha que tomar cuidado para que macacos não roubassem meu lanche no intervalo do colégio. Aprendi a desconfiar desse é das coisas discursivo, quando descobri que não fazia parte da história do espaço em que vivia; e a necessidade de ser "tudo" isso ao invés de um traçado limitado.

crescer em uma cidade sem centro me ensinou sobre perspectiva.
a cartografia de são paulo muda conforme o olhar, mapa dinâmico que nunca coincide. cada corpo produz sua própria cidade e mora nela. às vezes, finjo que o homem ao meu lado no ônibus me faz companhia, sorrio para os outros passageiros de fone de ouvido que escutam a mesma música que eu, me esforço muito para tentar sentir que todas as pessoas que fazem o
mesmo caminho que eu todos os dias, na verdade, caminham comigo. no entanto, sei que nunca chegamos a um lugar comum. eu sou o centro da minha cidade, a moça ao lado, da dela, e nenhuma das duas consta no mapa da outra. nós, habitantes, peças, centros-ambulantes, vivemos dos fragmentos de um todo que nunca foi inteiro. em que todo lugar pode ser um ponto de partida ou um ponto final.

Graças as oportunidades que a cidade me propiciou, tive acesso a cultura e arte desde bem pequena,apesar disso o espaço urbano sendo mulher me faz sempre planejar e repensar a forma, locais e horários e molda como me visto, desloco e me comporto.

A cidade me tornou alguém de mente aberta, receptiva a todos os assuntos. Uma pessoa curiosa e intrigada.

A cidade me deixou mais intimista, mais voltada para mim mesma. A utilizo diversas vezes como forma de me observar. Olhar para fora me faz sentir mais o dentro. E assim, fui me refugiando em lugares específicos que me trazem essa sensação com mais intensidade. Os vazios dos ônibus em horários específicos, desenhos de ruas, espaços públicos culturais e cafeterias.
A cidade é a fonte inesgotável de reflexões, muito mais do que um pano de fundo. Esse espaço perene, efêmero, de metamorfoses intensas, ele sempre muda suas impressões, mesmo daquilo que você conhece tão bem.
E os reflexos disso no intimismo são de natureza similar: díspares

São Paulo me deixa em constante clima de alerta e medo. Os barulhos minaram minha concentração:

Agora estou na Ilhabela. Mas minha cidade natal, São Paulo. Me fez ser cosmopolita, amar cultura, exposições, shows, música! Poder viajar e conhecer vários lugares diferentes! Ter ambição! Ser ousada!

me tornou mais apressada e mais estressada. me trouxe cultura, sentimento de agor e olhares contemplativos. aguçou sentidos que não sabia que eu tinha e me amadureceu.

Gotham City? (A Grande SP)
me criou atenta, desconfiada, sem tempo irmão, sufocada.
me criou cinza, apertada, sem norte, angustiada.

mas também me criou em movimento, valorizando cada ponto de verde e o tempo.
me criou entre cultura e arte, disponíveis em qualquer parte.
me criou assim, com uma enorme vontade de sair, mas é aquela vontade especial que só tem quem é daqui.

Assim como São Paulo é uma cidade mutável, minha personalidade é bem parecida, o que me tornei e como me enxergo como pessoa. As milhares de possibilidades que existem nesse lugar, a vida pra mim é boa quando sacode. E São Paulo tem esse poder de te fazer sentir um “peso morto” nessa multidão, mesmo que você esteja em “movimento” todos os dias. Lembro que na adolescência me tornei uma pessoa com picos de ansiedade e timidez extremos. Quando adulta fui lida como uma pessoa instável e espalhafatosa ou como minha professora de Produção Cultural disse: você as vezes se perde no caminho mas coloca seu coração. Mas coração não pagas as contas e não ganha nota. Toda essa bagunça de uma criança inicialmente extrovertida. Me tornei pacífica pra lidar com tudo da melhor forma possível morando/vivendo aqui. São Paulo faz eu querer percorrer um caminho alegre, sereno e paciente. Mesmo que tudo isso pareça utopia acordando todos os dias no meio dessa cidade-caos.

Quando me perguntam quem eu sou a primeira coisa que me vem a cabeça é dizer qual a minha profissão. Acho que isso acontece por eu ser de São Paulo.

tem que selar os chackras antes de sair de casa pq tem perigo a cada esquina e só com muita fé pra viver aqui

mas também tem muita gente diferente que me faz ver beleza na diversidade e no incomum

no fim do dia é tudo concreto e asfalto mas o pedacinho de céu que se vê ganha mais valor

são paulo me faz ser mais materialista mas valor o imaterial quando não estou aqui

ré de anzol
apanhando os sentidos
do tempo das abelhas em cacho
de plantas postiças descendo a ladeira
de faixas e mais faixas e mais faixas de chão

meus deslocamentos do extremo sul ao centro me fizeram ser atenta, observadora e criativa

As referências que a cidade te empurra, mesmo que você fuja, é enorme. Agente de destaque em escala global, São Paulo abre a cabeça de todos.
Vim de uma cidade de 70 mil habitantes para uma de 10 milhões, as proporções de tudo muda, a dinâmica é completamente anárquica.

Por ser tão grande e diversa a cidade me tornou curioso, sinto que todos os dias tento de alguma forma entender essa loucura cosmopolita.

Sempre estive muito em contato com a cidade em si, seus caminhos, a ampla diversidade de cores, sons, estruturas - isso me influenciou e construiu em diversos aspectos - mas o principal deles é estar atenta aquilo que a vida me oferece, sem ela nem perceber.

A cidade onde cresci e morei até os 23 moldou muito o meu ritmo de vida.
Por não ser muito grande, nem muito pequena, sempre foi possível fazer as atividades rotineiras com uma certa tranquilidade e sem necessidade de me deslocar para outras cidades da região. Isso também me permitiu aproveitar muitos momentos a pé e observar o espaço ao redor, já que não havia taaanta pressa para ir de um lugar ao outro.

Ela também é uma cidade planejada, por isso seus espaços são (em partes) muito agradáveis ao olhar e à convivência, o que faz muito bem pra gente. Entender isso me fez perceber que é muito importante dar valor não só ao nosso lar, mas aos outros espaços, públicos/de convivência/compartilhados.

impondo um ritmo acelerado, cobrando solução rápida de dificuldades, trazendo um certo distanciamento das pessoas e brotando muito apego e amor por ela

Do mesmo andar do prédio tem um apartamento com um senhor japonês bem idoso, a filha dele e a Madalena, uma salsicha estridente; um casal em que o homem também é japonês, a mulher dona de casa e o filho toca guitarra; no outro são várias mulheres que riem muito e que nem sei exatamente quem mora ou quem é visita, mas sempre tem gente.

da direita sao um casal que podemos chamar de hipster, pela decor da casa e pelo estilo deles: ele antropólogo, ela jornalista, de +-36 anos. da esquerda é um cortiço que moram pelo menos umas 4 famílias. nao conheço todos. conheço 2 famílias, as mulheres cozinham e vendem as comidas e os homens estao sempre bebendo e durante o dia fazendo algum serviço braçal.

Meus vizinhos são, em sua maioria, estrangeiros que vêm ao Brasil a trabalho. Ficam alguns anos e depois, voltam para casa. Maioria alemães e americanos.

Meus vizinhos de porta são um casal que têm por volta de 60 anos e moram com sua filha que parece ter 20 e poucos. A senhora é dona de casa e assina jornal impresso. No outro apartamento do andar, um casal com uma filha adolescente e um cachorro. A dona da casa sai para trabalhar muito cedo perto das 5:30 todos os dias vestida de branco, acredito ser profissional da saúde. O outro apartamento está vago. Acima de mim, um casal que aparenta ter mais ou menos a minha idade (30). Abaixo uma mulher que só reconheço a voz me chamando de 'esquerdopata' quando bato panelas contra Bolsonaro.

Sei os nomes de alguns mas preferi não mencionar para preservar a privacidade de todos.

O Gutemberg e o Francis; um casal que não sei o nome; um apartamento vazio; uma árvore alta com o tampo das frutas bicados; uma casa em demolição; uma casa com um quintal cheio de árvores, uma casa com piscina; uma casa com edícula; no andar de cima, uma família de origem japonesa, no andar de baixo a Marilena e a Lara que sempre ouvem o que eu estou ouvindo; no nono andar, a minha tia e meu tio e meu primo; na esquina meu ex-namorado e no prédio do lado o apartamento de minha irmã no quinto andar, e no sétimo o apartamento da mãe de outro ex namorado. Duas casas abaixo do meu prédio, minha professora de yoga, 3 casas acima uma moça que "cozinha para fora" baião de dois; descendo a rua o metrô Tucuruvi

No quinto andar uma vizinha que quase morreu acidentalmente porque dormiu e esqueceu a panela no fogão; no apartamento ao lado a mãe e uma filha muito assustadas com o covid; no primeiro andar o primeiro uma família do interior; no apartamento do lado deles um casal de enfermeiras, o apartamento do lado oposto nesse andar, um deles é um casal jovem, e o outro foi abandonado porque a dona morreu e ninguém veio abrir ou fez algo com ele.

Na rua da frente um casal que ia casar, mas o noivo de infartou e morreu; na rua de trás em uma das casas alguém é do pcc, especula-se

Do lado do meu prédio um centro espírita e de caridade - eles distribuem marmita

Uma igreja metodista, uma católica

3 estacionamentos

Uma sala de pilates; uma oficina de som de carro; 3 espaços de estética, um dentista, uma professora de canto

A Conceição - senhora que sempre morou na rua e sabe da vida de todo mundo

Uma familia de quatro pessoas, duas meninas com cerca de 4-5 anos e uma curadora de arte que atua no rio e sp

Dois casais heteros, jovens, com um cachorro cada

músicos,atores e atrizes, artistas, famílias

Minhas vizinhas são um casal de mulheres com duas gatas! Antes, quem morava no apartamento ao lado era a irmã de uma delas com o marido, outras duas gatas e o filho bebê.

Maria e Glória, e mais algumas pessoas que não sei o nome

É a Silvana. Hoje ela me contou que a irmã do marido morreu de leucemia
Que ela teve cálculo renal

uma senhora que se chama flora, mora com o filho, já bem adulto, e um passarinho que chama lola

um surfista que levanta peso todos os dias e faz bastante barulho — mas pelo menos tem bom gosto musical

acabei de mudar mas sei que na mesma construção tem Elza, seu companheiro e filho Enzo, em baixo mais duas famílias e ainda mais em baixo a família de Cida e outra família.
Na mesma rua a família de Paula. Nas ruas próximas são muitos os conhecidos.

Tenho como vizinha a dona Neide. Uma bolsonarista arrependida que, supostamente, votou no Amoedo. Mas é boa gente… mesmo achando nordestinos um tanto preguiçosos e os negros… “era melhor que cada um ficasse em suas terras”. Juro que não entendo esse complexo de paulistano, como se eles tivessem brotados aqui do nada: e fez se a luz! Eventualmente trocamos alimentos: os potes vão e voltam cheios. Dona Neide gosta muito de viajar… uma pena estar presa em casa agora. Quando a pandemia passar, vou levá-la na sala São Paulo. Pegou Covid-19 recentemente… achei uma pena. Havia quebrado um dos dentes, recém feito uma cirurgia de descolamento de retina e, por fim, Covid. O ano não começou bem para ela. Fiquei feliz quando comecei a ouvir sua voz novamente… já está recuperada. Logo mais ela aparece aqui na janela me oferencendo pizza, dando conselhos de plantas e dizendo que eu preciso sair mais e receber mais amigos… ela teme pela minha tristeza.

raquel e erick. marcelo, laura, mayara, casa do povo, coreanos, bolivianos, seu manuel, familia que mora em frente ao parque, branquinha, tales rafael, bar copa do mundo, o moço com a filha que vende legumes e frutas, tiago, a academia, a pessoa que escuta sertanejo todo dia, cleo, aude, os cachorros da praça

Acabamos de nos mudar para este prédio, então ainda não conheço muito bem meus vizinhos. Sei que tem um senhorzinho viúvo na porta da frente. Na porta do lado sei que tem alguém morando, mas nunca vi.

Não sei os nomes deles ):
Como mudamos na pandemia, evitamos contato e acabo quase não vendo ninguém.

Mas um deles é um casal: um senhor e uma senhora que quase não ficam por aqui. Imagino que viajam bastante a trabalho. Das vezes que encontrei, foram simpáticos e amigáveis

O outro é um senhor (que acho que tem uma esposa, mas nunca vi) que vive com a porta do ap aberta 😅 e TV ligada. É bastante amigo do zelador, que passa todo dia pra conversar um pouco com ele, dá pra ouvir do corredor hahha

O máximo de pôr do sol que dá pra ver daqui 🥲

de tacos de madeira gastos, com muitas histórias sobrepostas em riscos e marcas

Estou pisando em um piso laminado (que parece madeira) antigo, instalado no meu quarto há 20 anos. Ele é claro, levemente amarelado, está todo riscado com marcas do meu uso.

Piso de cerâmica parecendo tijolo, com rejunte de cimento, formato quadrado. Áspero, marrom desbotado desigual.

antigo, de madeira, taco, com marcas do tempo e do sol
não muito frio, mas não muito quente

O chão que estou pisando é coberto por um tapete feito de fibras naturais, um pouco áspero, mas confortável. Sempre me convida a ficar com os pés descalços.

É um chão construído.
São tacos de madeira encaixados em pares rotacionados em 90°. Tem um tom escuro e quente e a textura é lisa e agradável ao toque.
Seu brilho hoje em dia é fosco, devido ao desgaste do uso e arranhões, mas permanece bem bonito e cuidado. O mais legal dele é que cada peça é única, tem padrões de desenho e cor diferentes.

Frescor.

Se estivesse na Vila Dalila seria Poluição.

O cheiro perto da Serra é de Mato misturado com escapamento; sentido ao centro, toda a cidade cheira resíduo humano

Xixi (pelo menos era esse cheiro q eu sentia quando saía na rua)

Muitos. Todos. De poluição, de secura, de lixo, de gente e suor... a perfumes de dama da noite, dos amaciantes extremamente exagerados e os aromatizantes de ambiente hora leves e quase naturais hora hipnotizantes e extremamente artificiais.

cheiro de pão quentinho recém saído de padaria ou as vezes de álcool mesmo (pq é tudo menos gasolina, gasolina adulterada o cheiro é diferente)

um cheiro seco, salgado. com bastante freqüência pútrido. Quando chego em casa, sinto um cheiro doce de conforto.

Puxa. Não sei qual o cheiro. Mas e um cheiro cinza

Acho que São Paulo tem muitos cheiros! Eu moro em frente a um restaurante baiano, minha rua tem cheiro de Acarajé

Carro, moto, ônibus, buzina, alarme, despertador, freada, gato pisando no mat de yoga, descarga da vizinha de cima, ambulância

Carro, vozes conversando, pessoa escovando o dente, gato coçando a orelha e chuveiro ligado.

L.A. Woman na jbl, video chamada da minha amiga, torneira da cozinha aberta com alguem lavando alguma coisa, barulho de teclado do notebook, vizinhos conversando

Sons da série Deus ..! Com Morgan Freeman
Esqueci o nome

Tv, amiga da minha conversando ao celular, onibus passando, portão do carro abrindo, amiga falando pelo audio do Instagran, vozes conversando ao fundo

Cachorro latindo
Buzina
Moto
Mulher falando na rua
Vento
Gato derrubando algo na casa
Som agudo não identificado na rua

https://open.spotify.com/track/1LTaSKLptV1Kylak33KnMn?si=Gxk30kqBRRyHuUYhEH1cOw

O ventilador; a voz da vídeo-chamada; meus pés caminhando pelo chão de madeira da sala de dança

moto, conversas, barulho do teclado, som do carro que parece mar ao fundo, moto silencio

jornal nacional
carros
água caindo
cigarras
motos
cachorro latindo
os vizinhos jantando

a frigideira fritando
Um programa de música inglês na tv
A torneira escorrendo
A conversa abafada dos vizinhos pelo fosso da área de serviço
O ovo sendo descascado

o barulho da comida na panela
a respiração do meu gato dormindo
alguns carros passando na rua
o barulho que a rolha faz ao abrir o vinho
o jornal passando na tv

minha tv, televisão no quarto da minha mãe e buzinas de motos lá fora. é sexta-feira, os entregadores de delivery tão a milhão

Moto na rua
Meu marido pedindo pizza no telefone
Aretha Franklin - Won’t Be long

carro, fogo do fogão, tampa, voz, chinelo, pipoca, respiração, moto, um cachorro muuuito distante.

-Tava lindo, Mel,
Bom... hahahah tá muito bem cuidada pra ser da Rebeka
Ainda bem que o Balinha não é uma planta
Literalmente, porque a Marcinha deixou a planta cair da janela.

  • olha! Já é uma árvore
    E essa cadeira que o Del está sentado? É nova? Chique.
    -gente, preciso sair, se vocês quiserem, podem ficar. Tchau.

David tira a camiseta e diz “ai”
Assopra a vela
A vela não apaga
“Ah, deixa assim”
“Ainda tenho reunião do partido”
Moto
Barulho do saquinho de tabaco
David derrubou o tabaco no chão
Apoiou os livros da mão na cama
Perguntou
“Que é?”

David estrala os dedos
garrafas de vidro se encostando na rua
David ri
"convocatória do segundo congresso nacional
longa pausa
pessoas conversando na rua lá embaixo
Som do fone do David vazando.
Moto distante
"No Brasil vivemos debaixo do genocida Bolsonaro, que não tem nenhum projeto além de matar seu povo de fome e de Covid.
Não nos dão o direito ao isolamento social. Negam o auxilio emergencial" [...]

O ônibus passa muito alto

Outra moto

o Bythesea afia as unhas no sofá

moto

bozina de moto

"falar sobre a convocatória?
Já digo que estou ansioso. As coisas tão super instáveis, né?
Pelo que parece acho que sim
Só de pensar que isso vai ser possível já e dá um alento.
Construir esse núcleo, como a gente tem feito. Acho que estamos num caminho muito bonito"

geladeira
pessoas na rua
talher encostando no prato
guardanapos
taça na mesa
água no cano do banheiro
mastigando
skate na rua
garrafas no bar da rua
água com gás
tampa na mesa
cachorro latindo na rua
carros
buzina

Ouço a tv da vizinha, os caminhões na marginal tiête. Motocicletas de entregadores de aplicativo e o meu digitar no teclado do computador sobre a cama. latidos ao fundo.
Ouço também o silêncio e uma brisa fresca.

barulho da cpu do computador
Pratos e copos sendo lavados na pia
teclas sendo pressionadas
respiração
Motos na rua
Voz falando no telefone

Música Refazenda - Gilberto Gil
Motos passando na rua
Televisão do vizinho
Algumas vozes, carros derrapando ao fundo.

Estou ouvindo o ruído do exaustor do supermercado que fica no térreo do prédio e uma moto passando; depois um helicóptero. Também ouço o som do teclado da minha namorada (que é daqueles de Windows que a tecla afunda) e o clique do meu mouse.

Caminhão, filme, pessoas falando, helicóptero, mastigação, crianças, geladeira, rojão, palmas

Motor, ônibus freiando, moto passando na rua, computador do meu boy, clique do mouse, gato mia

Barulho de lápis no papel
Conversas da família por chamada online
Motos
Ambulância

Home office 😅

Check out my activity on Strava: https://strava.app.link/DLWjEYQIHfb

Pedalar pelo centro à noite, pegar o viaduto do Chá e passar na frente do Theatro Municipal todo iluminado

O aeroporto, onde eu ia com meu pai para ver aviões chegando e partindo.

A região central da cidade. Anhangabau, República, Vila Buarqua, Bexiga, Liberdade, Campos Elíseos, Santa Cecília.Os rolês, as boemias, as festas, as militância, os namoros, a morada por um tempo Tantas camadas, tanta gente. Num só espaço

A subida pela augusta desde o jardim Europa depois do trabalho; lembro quando eu descobri, sem querer, perambulando, a vila do Flávio de Carvalho ali na Alameda Lorena. Eu não sabia bem o que era, mas voltava para perambular por ela sempre. Era perto de onde trabalhava, então gastava muito tempo depois do expediente descobrindo sorveterias, livrarias e casas de chá na região dos jardins.

quando fui ao museu lasar Segall com minha mãe para fazer um trabalho para a escola na quarta série. Foi uma tarde, fria e chuvosa, cheia de descobertas

ter conhecido todo o centro de são paulo pela primeira vez

Quando pequena adorava ir ao serviço do meu avô no centro de São Paulo e passear por lá

Andar de bicicleta em segurança no minhocão e as festas de rua que tínhamos na cidade alguns anos atrás.

Sentar no ônibus num horário que não seja de pico, final de tarde, dia bonito e limpo, atravessar a ponte que vem do Brás em direção ao centro e me espantar com a igreja da se, Banespa, o centro todo cor de laranja. Andar de ônibus no geral em dias descompromissados e poder se deixar levar pela paisagem

Os passeios que eu dava pelo centro de sp quando adolescente, sempre descobrindo coisas e lugares novos e tentando memorizar as ruas, os caminho, as conexões urbanas, as linhas de ônibus. Tempos pré celular e Google maps em que você tinha que realmente saber ou lembrar como é que fazia pra voltar pra casa

Gosto muito dos momentos de caminhada pela cidade, principalmente quando envolve exposição.

Teve um dia em específico que foi muito bom, visitei uma expo no CCBB com meu namorado, quando saímos de lá já estava escuro e muuuuito frio, caminhamos até a liberdade para jantar e comemos pratos quentes, lamen e karê. Foi muito bom

os pic nics de domingo no Horto Florestal e o trajeto de trem até lá

Acabar com a primeira palavra que escrevi ontem
Obrigado pelo convite e experiência